Você já fez compras online durante um alto período de estresse, ou pediu um delivery depois de um dia frustrante? Essas situações são muito comuns no dia a dia e estão diretamente ligadas com a forma com que as suas emoções influenciam nos seus gastos do cotidiano.
Lidar com as emoções é um desafio para qualquer pessoa, mas quando combinadas com as finanças, elas requerem ainda mais cuidado. O que acontece quando estamos sob pressão, ansiosos ou até eufóricos? As emoções podem afetar profundamente nossas decisões financeiras, levando a escolhas impulsivas e, muitas vezes, prejudiciais para o bolso.
O Impacto das emoções nas decisões financeiras
Quando estamos em um estado emocional intenso, como medo ou euforia, nossa capacidade de tomar decisões racionais é comprometida. Imagine que você esteja passando por uma fase de estresse no trabalho e, ao ver um anúncio de uma promoção imperdível de roupas ou eletrônicos, acaba comprando algo sem realmente precisar. Esse é um exemplo clássico de como as emoções, especialmente o estresse ou a frustração, podem nos levar a decisões financeiras impulsivas.
Da mesma forma, o medo de perder uma oportunidade pode fazer alguém investir em algo arriscado sem fazer a devida análise, ou ainda, a euforia de um ganho inesperado pode gerar gastos excessivos, achando que a boa fase vai durar para sempre.
Quais são as sensações que mais nos afetam?
- Medo;
- Ganância;
- Otimismo e pessimismo;
- Ansiedade;
- Arrependimento.
Comportamento econômico
Outro fator importante é o viés cognitivo. Nossas mentes nem sempre tomam decisões baseadas em lógica pura. Vieses como o efeito de ancoragem – onde nos baseamos em informações iniciais para tomar decisões, mesmo que essas informações sejam irrelevantes – podem afetar diretamente nossas escolhas financeiras. Por exemplo, se um produto é apresentado com um preço “original” muito mais alto, tendemos a considerá-lo um bom negócio, mesmo que o preço real ainda seja elevado.
Situações muito comuns também acontecem a partir do efeito manada, aversão à perda ou o medo de ficar de fora de uma compra ou oportunidade que outras pessoas estão adquirindo.
Como controlar essas emoções?
Aprender a reconhecer quando suas emoções estão afetando suas decisões financeiras é o primeiro passo para lidar com elas. Quando estiver em uma situação de estresse ou euforia, faça uma pausa, analise suas escolhas e pergunte-se a real necessidade desse gasto.
Além disso, sempre estabeleça limites financeiros claros. Isso pode incluir a criação de um orçamento mensal, a determinação de um valor máximo para compras não planejadas ou até esperar 24 horas antes de tomar decisões importantes de compra. Esse tempo extra ajuda a minimizar as reações impulsivas e a tomar decisões mais racionais.
Entender o impacto das emoções nas nossas decisões financeiras e adotar estratégias conscientes pode transformar a forma como lidamos com o dinheiro. Ao assumir o controle das nossas reações e pensar de forma mais racional, criamos um caminho mais seguro e equilibrado para alcançar nossos objetivos financeiros!